Além das mudanças ambientais e físicas provocadas, o aquecimento global intensifica outro problema social: a desigualdade. Enquanto secas, inundações e incêndios estampam as manchetes em todo o mundo, o preço mais alto está sendo pago por aqueles que já são pobres ou marginalizados. Oito dos dez países mais afetados por eventos climáticos extremos – como furacões e chuvas de monções – entre 1998 e 2017, foram países em desenvolvimento com renda baixa ou média-baixa, segundo o Índice Global de Risco Climático da Germanwatch.
O Brasil
quando foi atingindo pelas intensas chuvas de 2011, no Estado do Rio de
Janeiro, em especial as cidades serranas como Petrópolis, Teresópolis, Bom
Jardim foram vítimas de deslizamentos de terra em áreas habitadas causando
mortes e muitos prejuízos financeiros. "Pessoas com menos recursos não
podem pagar pelo aquecimento ou pelo ar-condicionado e costumam morar em
prédios muito mais velhos sem isolamento adequado", disse Cristina
Linares, pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública da Espanha, em
entrevista à DW. Esse ponto é importante, pois essa parcela da população, mão
de obra principal não tem acesso a condicionadores de ar e podem perecer ou
desenvolver problemas de saúde por conta da temperatura. Linares sugeriu que o
risco para os lares mantidos por mulheres é entre 35% e 120% superior à média.
Mulheres idosas que vivem sozinhas e mães solteiras são particularmente
vulneráveis.
Mecanismos de proteção social para ajudar as pessoas a se realocarem e aprenderem novas habilidades também são importantes. Todavia, como os países afetados geralmente não têm capacidade econômica e técnica para tal, o apoio internacional desempenha um papel decisivo, acrescentou. Ou seja, deve haver uma cooperação dos países desenvolvidos em união com ONU para amenizar o impacto das mudanças climáticas e, além disso, deve haver conscientização das grandes empresas em relação a ações que podem contribuir para o aquecimento global.
Referências do DW PT .
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